quarta-feira, 23 de maio de 2012

Green Lean e Sustentabilidade


A Metodologia Green Lean e a Sustentabilidade


A necessidade de um mundo melhor, equilibrado, com o consumo consciente dos recursos disponíveis à vida tem levado profissionais a estudar meios de auxiliar as organizações a assegurarem o desenvolvimento sustentável de seus negócios.

Com esta perspectiva, a Coutinho & Cursino Consultoria Empresarial, atuando há cerca de 15 anos em inúmeros projetos de estruturação, implantação e manutenção de sistemas de gestão, desenvolveu uma Metodologia baseada nos princípios da Produção Mais Limpa e no Fluxo de Valor Ambiental, utilizando o método Toyota.

Em 1989, a expressão “Produção Mais Limpa” foi lançada pela UNEP (United Nations Environment Program) e pela DTIE (Division  of Technology, Industry and Environment) como sendo a aplicação contínua de uma estratégia integrada de prevenção ambiental a processos, produtos e serviços, visando o aumento da eficiência da produção e a redução dos riscos para o homem e o meio ambiente.

O Método Toyota, por sua vez, baseia-se na filosofia de gerenciamento que procura otimizar a organização de forma a atender as necessidades do cliente no menor prazo possível, na mais alta qualidade e ao mais baixo custo.

Com a implantação do Método Toyota, a organização estabelece seu Fluxo de Valor - Lean Manufaturing, onde todas as atividades ou subprocessos que não agregam valor ao processo, são eliminados.

A Metodologia Green Lean, por sua vez, analisa as características operacionais da organização, mapeando o fluxo de valor ambiental, onde todos os pontos de consumo e pontos de geração de resíduos e efluentes são identificados.

A Figura 1, abaixo, apresenta um exemplo de um Fluxo de Valor Ambiental.


Várias são as vantagens na implantação da Metodologia Green Lean, dentre as quais se destacam:

þ     Identificação e redução de desperdícios no consumo dos insumos utilizados no processo;
þ     Reaproveitamento de embalagens para coleta de resíduos produtivos;
þ     Identificação dos pontos de geração de resíduos e redução por meio da correta manipulação dos materiais; segregação dos resíduos, reaproveitamento, reciclagem ou retorno de embalagens para os fornecedores (logística reversa);
þ     Identificação dos pontos de geração de efluentes para aplicação de novos métodos operacionais (exemplo: lavagem de utensílios em processos que são regidos pelas boas práticas de produção);
þ     Identificação e redução de desperdícios no consumo de recursos naturais (água e energia), por meio de mudanças em set ups de máquinas, rearranjo de lay outs, etc, e
þ     O envolvimento e comprometimento dos funcionários e colaboradores em todas as etapas do mapeamento, onde a conscientização para com a preservação ambiental é disseminado e assimilado por todos.

A alta direção acaba, por fim, obtendo benefício financeiro na adoção da Metodologia Green Lean, aplicando continuamente esta Metodologia em seus processos.




Artigo escrito por: Carmen Coutinho e Gisela Cursino - Sócias da Coutinho & Cursino Consultoria Empresarial.




segunda-feira, 21 de maio de 2012


ISO 9001:2008 e as Boas Práticas

  

A ISO 9001:2008 tem como base de implantação o mapeamento de processos, a fim de se identificar suas características, interações e pontos críticos de controle, para que estes sejam monitorados e medidos, com o objetivo de promover a melhoria contínua.

As Boas Práticas advindas de resoluções dos órgãos reguladores, como é o caso da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, objetivam persuadir as organizações, atuantes no segmento da saúde, para que promovam suas boas práticas internamente, a fim de assegurarem a segurança de seus clientes - consumidores e usuários, de seus produtos e serviços, de forma a garantir a manutenção da saúde dos agentes utilizadores.

Mas o que existe em comum entre uma norma internacional voluntária e normas de caráter regulatório e compulsório?

“O sistema de gestão que as viabilizam!”

Quando uma organização opta pela implantação de um sistema de gestão da qualidade, baseado nos requisitos estabelecidos na norma internacional ISO 9001:2008, ela deve identificar de forma clara e objetiva seus processos. Esta identificação requer que a organização compreenda que os processos se inter-relacionam e, por vezes, são interdependentes. Estas interfaces, quando bem definidas e estabelecidas, asseguram uma gestão focada em resultados. Uma vez identificadas fragilidades, tanto dos processos, quanto das interfaces, é possível estabelecer formas de controle, a fim de garantir que falhas não ocorram e, se ocorrerem, possam ser tratadas para evitar sua recorrência.

Indicadores de desempenho são uma boa ferramenta para transformar dados em informação, através de uma análise crítica consistente. O conjunto de informação passa a constituir o conhecimento por parte da organização de seu próprio negócio.

Na etapa de mapeamento dos processos, a organização, voltada para o segmento da saúde, deverá identificar a criticidade dos seus processos baseados nas exigências regulatórias, ou seja, nas boas práticas, que deverão ser parte integrante dos pontos críticos de controle.

Quando a organização compreende que as “boas práticas” não são apenas uma imposição, um rótulo, mas sim, uma filosofia inerente aos processos administrativos e produtivos, a adesão às passa a ser viral e o sistema de gestão da qualidade torna-se uma ferramenta robusta, indispensável e eficiente para cumprimentos normativos e regulatórios.

O processo de certificação da ISO 9001:2008, por sua vez, possibilita que a organização tenha uma visão externa de seu sistema de gestão da qualidade, baseada na experiência da equipe auditora, que deve buscar a conformidade do sistema de gestão relacionados aos requisitos normativos estabelecidos, identificando o nível de adesão, inclusive, dos requisitos legais aplicáveis ao negócio. As auditorias são, em sua essência, um incremento positivo para a melhoria da gestão.

Em síntese, o sistema de gestão da qualidade tem a capacidade de promover a melhoria dos processos da organização, assegurando o seu crescimento, possibilitando a retenção/aplicação do aprendizado, resultando na evolução constante do negócio.

As “boas práticas” atreladas a um sistema de gestão eficaz, como a ISO 9001:2008, por exemplo, faculta, além da evolução constante, a perpetuação da cultura de melhoria contínua ao segmento que as adota.


 

Artigo escrito por: Carmen Sylvia Coutinho e Gisela Cursino sócias da Coutinho & Cursino Consultoria Empresarial.