segunda-feira, 21 de maio de 2012


ISO 9001:2008 e as Boas Práticas

  

A ISO 9001:2008 tem como base de implantação o mapeamento de processos, a fim de se identificar suas características, interações e pontos críticos de controle, para que estes sejam monitorados e medidos, com o objetivo de promover a melhoria contínua.

As Boas Práticas advindas de resoluções dos órgãos reguladores, como é o caso da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, objetivam persuadir as organizações, atuantes no segmento da saúde, para que promovam suas boas práticas internamente, a fim de assegurarem a segurança de seus clientes - consumidores e usuários, de seus produtos e serviços, de forma a garantir a manutenção da saúde dos agentes utilizadores.

Mas o que existe em comum entre uma norma internacional voluntária e normas de caráter regulatório e compulsório?

“O sistema de gestão que as viabilizam!”

Quando uma organização opta pela implantação de um sistema de gestão da qualidade, baseado nos requisitos estabelecidos na norma internacional ISO 9001:2008, ela deve identificar de forma clara e objetiva seus processos. Esta identificação requer que a organização compreenda que os processos se inter-relacionam e, por vezes, são interdependentes. Estas interfaces, quando bem definidas e estabelecidas, asseguram uma gestão focada em resultados. Uma vez identificadas fragilidades, tanto dos processos, quanto das interfaces, é possível estabelecer formas de controle, a fim de garantir que falhas não ocorram e, se ocorrerem, possam ser tratadas para evitar sua recorrência.

Indicadores de desempenho são uma boa ferramenta para transformar dados em informação, através de uma análise crítica consistente. O conjunto de informação passa a constituir o conhecimento por parte da organização de seu próprio negócio.

Na etapa de mapeamento dos processos, a organização, voltada para o segmento da saúde, deverá identificar a criticidade dos seus processos baseados nas exigências regulatórias, ou seja, nas boas práticas, que deverão ser parte integrante dos pontos críticos de controle.

Quando a organização compreende que as “boas práticas” não são apenas uma imposição, um rótulo, mas sim, uma filosofia inerente aos processos administrativos e produtivos, a adesão às passa a ser viral e o sistema de gestão da qualidade torna-se uma ferramenta robusta, indispensável e eficiente para cumprimentos normativos e regulatórios.

O processo de certificação da ISO 9001:2008, por sua vez, possibilita que a organização tenha uma visão externa de seu sistema de gestão da qualidade, baseada na experiência da equipe auditora, que deve buscar a conformidade do sistema de gestão relacionados aos requisitos normativos estabelecidos, identificando o nível de adesão, inclusive, dos requisitos legais aplicáveis ao negócio. As auditorias são, em sua essência, um incremento positivo para a melhoria da gestão.

Em síntese, o sistema de gestão da qualidade tem a capacidade de promover a melhoria dos processos da organização, assegurando o seu crescimento, possibilitando a retenção/aplicação do aprendizado, resultando na evolução constante do negócio.

As “boas práticas” atreladas a um sistema de gestão eficaz, como a ISO 9001:2008, por exemplo, faculta, além da evolução constante, a perpetuação da cultura de melhoria contínua ao segmento que as adota.


 

Artigo escrito por: Carmen Sylvia Coutinho e Gisela Cursino sócias da Coutinho & Cursino Consultoria Empresarial.

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