ISO 9001:2008 e as
Boas Práticas
A
ISO 9001:2008 tem como base de implantação o mapeamento de processos, a fim de
se identificar suas características, interações e pontos críticos de controle,
para que estes sejam monitorados e medidos, com o objetivo de promover a melhoria
contínua.
As
Boas Práticas advindas de resoluções dos órgãos reguladores, como é o caso da
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, objetivam persuadir as
organizações, atuantes no segmento da saúde, para que promovam suas boas práticas
internamente, a fim de assegurarem a segurança de seus clientes - consumidores
e usuários, de seus produtos e serviços, de forma a garantir a manutenção da
saúde dos agentes utilizadores.
Mas
o que existe em comum entre uma norma internacional voluntária e normas de
caráter regulatório e compulsório?
“O
sistema de gestão que as viabilizam!”
Quando
uma organização opta pela implantação de um sistema de gestão da qualidade,
baseado nos requisitos estabelecidos na norma internacional ISO 9001:2008, ela
deve identificar de forma clara e objetiva seus processos. Esta identificação
requer que a organização compreenda que os processos se inter-relacionam e, por
vezes, são interdependentes. Estas interfaces, quando bem definidas e
estabelecidas, asseguram uma gestão focada em resultados. Uma vez identificadas
fragilidades, tanto dos processos, quanto das interfaces, é possível
estabelecer formas de controle, a fim de garantir que falhas não ocorram e, se
ocorrerem, possam ser tratadas para evitar sua recorrência.
Indicadores
de desempenho são uma boa ferramenta para transformar dados em informação,
através de uma análise crítica consistente. O conjunto de informação passa a
constituir o conhecimento por parte da organização de seu próprio negócio.
Na
etapa de mapeamento dos processos, a organização, voltada para o segmento da
saúde, deverá identificar a criticidade dos seus processos baseados nas
exigências regulatórias, ou seja, nas boas práticas, que deverão ser parte
integrante dos pontos críticos de controle.
Quando
a organização compreende que as “boas práticas” não são apenas uma imposição, um
rótulo, mas sim, uma filosofia inerente aos processos administrativos e
produtivos, a adesão às passa a ser viral e o sistema de gestão da qualidade
torna-se uma ferramenta robusta, indispensável e eficiente para cumprimentos
normativos e regulatórios.
O
processo de certificação da ISO 9001:2008, por sua vez, possibilita que a
organização tenha uma visão externa de seu sistema de gestão da qualidade,
baseada na experiência da equipe auditora, que deve buscar a conformidade do
sistema de gestão relacionados aos requisitos normativos estabelecidos,
identificando o nível de adesão, inclusive, dos requisitos legais aplicáveis ao
negócio. As auditorias são, em sua essência, um incremento positivo para a
melhoria da gestão.
Em
síntese, o sistema de gestão da qualidade tem a capacidade de promover a
melhoria dos processos da organização, assegurando o seu crescimento, possibilitando
a retenção/aplicação do aprendizado, resultando na evolução constante do
negócio.
As
“boas práticas” atreladas a um sistema de gestão eficaz, como a ISO 9001:2008,
por exemplo, faculta, além da evolução constante, a perpetuação da cultura de melhoria
contínua ao segmento que as adota.
Artigo
escrito por: Carmen Sylvia Coutinho e Gisela Cursino sócias da Coutinho &
Cursino Consultoria Empresarial.
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